Tratamento Maconha
Sim, são várias as pessoas que estão precisando de um tratamento para maconha, que estão se tornando dependentes e que precisam se recuperar, entretanto, por ser uma droga mais simples e com efeitos menos devastadores as pessoas acabam se enganando e acreditam ainda que não se tornam dependentes da mesma.
Na realidade, a maconha atualmente é sem dúvidas, uma das drogas mais polêmicas, sendo que em partes isso acontece justamente porque apesar de a mesma servir para uso recreativo e ainda apresentar diversos danos ao organismo essa planta claramente possui componentes capazes de ter importância medicinal, logo a mesma merece toda a atenção.
Como funciona o tratamento para maconha?
Certamente o tratamento para maconha ou melhor contra a dependência de maconha, acaba sendo feito de acordo com o perfil do adicto, isso porque cada pessoa possui suas singularidades e certamente tudo influencia na hora do tratamento.
Além do mais, esse tratamento é feito de forma gradual, sendo que acaba sendo parte da necessidade de a pessoa se libertar desse vicio, sendo que ainda acabam passando pela decisão de tomar atitudes que serão capazes de lhe ajudar a lutar para atingir aos fins propostos (libertação dos vícios).
O que precisamos entender é que certamente a maconha não traz os mesmos efeitos que o uso do crack por exemplo, no entanto, é prejudicial ao organismo do dependente, sendo assim, é importante ter em mente exatamente como ela é capaz de atingir o organismo para não ter maiores problemas posteriormente.
Efeitos do uso da maconha
Certamente a maconha pode sim causar diversos danos ao organismo, sendo que quando o usuário faz uso de grande quantidade e em grande período de tempo, isso acaba se tornando ainda pior.
Claramente muitas pessoas acreditam que por ser um “produto natural”, não faz mal, ou ainda é uma droga muito leve, no entanto, precisamos salientar que a maconha é capaz de causar alterações tanto a curto quanto a longo prazo no organismo do dependente.
Sendo assim, podemos destacar os sintomas do efeito agudo da maconha no organismo:
- A pessoa perde a noção e percepção do tempo e espaço;
- Há um aumento da frequência cardíaca;
- O apetite aumenta consideravelmente;
- A boca fica constantemente seca;
- Há muita confusão mental;
- Aumento de sintomas psicóticos que já existem;
- Olhos avermelhados;
- Pânico;
- Perda total da inibição;
- Redução da própria capacidade motora;
- Redução da memória;
- Sensação de euforia e relaxamento;
- Sentidos mais aguçados;
Lembrando que apesar de muitos efeitos acabarem pouco período após o uso, então alguns dos mesmos são potencialmente perigosos, sendo que os mesmos podem colocar o adicto em situações de riscos eminentes.
Ademais, podemos destacar ainda que o uso da maconha é capaz de trazer sintomas crônicos, e entre eles estão os seguintes:
- Diversas alterações cognitivas;
- Bronquite;
- Câncer de pulmão;
- Esquizofrenia presente em indivíduos que claramente já são vulneráveis a essa doença;
- Psicose em pessoas que já estão vulneráveis mentalmente;
- Síndrome amotivacional, que acaba sendo caracterizada apenas por um estado de passividade, apatia, isolamento social e até mesmo indiferença.
Histórico
As primeiras evidências da inalação de cannabis são datadas do terceiro milênio a.C., tal como indicado pelas suas sementes de cannabis que foram encontradas em um sítio, onde hoje é a Romênia. Os mais famosos usuários de maconha daquele tempo eram os hindus da Índia e do Nepal, os quais deram o nome de ganjika à erva.
A cannabis também foi utilizada pelo povo assírio, que descobriu as suas propriedades psicoativas através dos arianos. Era utilizada em algumas cerimônias religiosas, onde era chamada qunubu (que significa "caminho para a produção de fumo"), provável origem da palavra moderna cannabis. A maconha também foi introduzida pelos arianos aos cítios e trácios/dácios, e os xamanes queimavam flores da cannabis para induzir um estado de transe. Os membros do culto de Dionísio, também inalavam maconha durante as missas.
Hoje, a utilização recreativa da cannabis no mundo ocidental impulsiona uma considerável procura da droga. Ela é a colheita lucrativa com maior dimensão nos Estados Unidos, gerando um valor estimado em US$36 bilhões no mercado. A maior parte do dinheiro não é gasto no cultivo e produção, mas no contrabando e fornecimento para os compradores.
Os estudos demonstram que a maconha é a droga ilícita mais traficada e mais produzida. Todavia, não é a maconha que gera maior demanda para tratamento. Este, por sua vez, é feito de maneira diferenciada nesses casos, havendo promoção da reflexão do paciente.
Tipo de maconha
A maconha é extraída da planta cannabis sativa. O skunk é a forma artificial da maconha. Outra modalidade da maconha é o haxixe, sendo de 5 a 10 vezes mais potente que a droga comum. O óleo de hash é ainda mais forte, sendo outra versão da droga.
Consumo da maconha
Estima-se que 3,9% da população mundial já consumiu maconha. No Brasil, é no Sul e no Sudeste onde a maconha é mais consumida – inclusive de uso frequente. O uso do skunke e haxixe, no país, ainda é pouco.
A maconha é fumada, mas pode ser misturada com biscoito ou bolo, assim como o haxixe. O óleo de hash é utilizado em cigarros ou cachimbo, pingando-se algumas gotas. Há, também, a ingestão através de chá.
Maconha – efeitos
A cannabis produz efeitos psicoativos e fisiológicos quando consumida. A quantidade mínima de THC para poder notar-se um efeito perceptível é de cerca de 10 microgramas por quilo de peso corporal. O uso abusivo provoca, além de uma mudança na percepção subjetiva, aumento da frequência cardíaca, diminuição da pressão do sangue, diminuição da coordenação psicomotora, e perda de memória (alterações mais comuns de curto prazo, físicas e neurológicas).
Efeitos psicoativos - Embora muitos fármacos claramente a inserem na categoria de qualquer estimulante, sedativo, alucinógeno, ou antipsicótica, a cannabis contém tanto THC quanto canabidiol (CBD), os quais fazem parte da propriedade dos alucinógenos e principalmente estimulantes.
Estes efeitos são:
Gerais: relaxamento, euforia ligada ao riso descontrolado, pupilas dilatadas, conjuntivas avermelhadas, boca seca, aumento do apetite, rinite, faringite, fadiga crônica e letargia, náusea crônica, dor de cabeça e irritabilidade.
Neurológicos: comprometimento da capacidade mental, alteração da percepção, alteração da coordenação motora, maior risco de acidentes, voz pastosa (mole), alterações de memória e da concentração, alteração da capacidade visual e alteração do pensamento abstrato.
Psíquicos: despersonalização, ansiedade/confusão, alucinações, perda da capacidade de insights, aumento do risco de sintomas psicóticos entre aqueles com história pessoal ou familiar anterior, depressão e ansiedade, mudanças rápidas de humor, irritabilidade, ataques de pânico, tentativas de suicídio e mudanças de personalidade.
Cardiovasculares: aumento dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial.
Respiratórios: tosse seca, dor de garganta crônica, congestão nasal, piora da asma, infecções frequentes dos pulmões e bronquite crônica.
Reprodutivos: infertilidade, problemas menstruais, impotência e diminuição da libido e da satisfação sexual.
Sociais: isolamento social e afastamento do lazer e de outras atividades sociais.
Abaixo segue uma foto da Uniad/Unifesp que relaciona todos os efeitos agudos e crônicos da maconha
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